google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 VIDA NATURAL: outubro 2017

ANUCIOS

sábado, 28 de outubro de 2017

Aipo - Plantas que curam



Apium graviolens

Usado como alimento e medicinalmente, essa planta originária do mediterrâneo, é usado principalmente em casos de controle do ácido úrico.

O caule, as folhas e as sementes do aipo, um bom desintoxicante, estimulam os rins a eliminar produtos residuais, ajudando sobretudo a eliminar sais que se acumulam nas articulações, causando inflamação e falta de flexibilidade.

Hoje é considerado um sedativo leve, mas no passado acreditava-se que era afrodisíaco.

Descrição : Planta da família das Umbelíferas.

Herbácea ereta, bienal que atinge 30 a 90 centímetros de altura, tem pequeno porte, talo ramificado fistuloso e acanalado; folhas oblongas e ovadas.

É de cheiro forte e sabor amargo, as flores são brancas ou branco esverdeados.

É uma planta perfumada de caules angulosos, canaliculados, fistulosos e glabros, folhas tardias, decompostas, em parte radicais e pecioladas, em partes, com os segmentos linear lanceolados; suas flores são branco esverdeadas dispostas em numerosas umbelas, raízes decompostas.

Seu fruto é subgloboso.

É composta de cinco raízes aperientes usadas nas farmácias de todo o mundo, o mais interessante do seu cultivo em todas as hortas, as folhas e o seu longo pecíolo carnoso e estriado, condimento comestíveis e saborosos, crus ou em salada, além de se como as raízes, para a feitura de vários pratos de mesa diversas qualidades (silvestris, lusitanicum, dulce), todas aproveitadas pelos horticultores e que deram origem a muitas : são distintamente separadas em dois grupos, o do Aipo propriamente dito e o do Rábano (que é o salsão, nosso conhecido). Pertencente ao primeiro todos os que apresentam pecíolos comestíveis brancos, róseos, vermelhos ou violetas e ao seguiu: que dão raízes desenvolvidas, subdividindo-se este também mais dois grupos: os que fornecem somente folhas para ornamento e enfeite de pratos e os que apresentam raízes comestíveis.

Parte utilizada: raízes, folhas, talos, sementes.

Habitat: Nativo dos pântanos salgados perto do Mar Mediterrâneo.

Muito cultivada no Brasil, particularmente nos Estados do Rio grande do Sul e São Paulo.

História:

É usada à milênios pelos antigos Gregos e Romanos, fazendo parte mesmo de sua mitologia.

O aipo teve origem como uma planta selvagem.

No ano 450 AC, os gregos usavam-no para fazer um tipo de vinho, que era o prêmio nos jogos atléticos.

Na idade média, os europeus já cultivavam o aipo.

Desde então, a planta tem sido extensamente usada como alimento e medicinalmente; No final do século XIX, vários tônicos e elixires de aipo apareceram comercialmente.

Princípios Ativos: ácidos (glicérico, glicólico, málico, tartárico, cumárico, cafeico, ferúlico, químico, xiquímico), açúcares, apéina e outros flavonoides, cálcio, carboidratos, cumarinas (sesilina, isopimpenelina, apigravina); ferro, fósforo, manitol, niacina, óleo essencial (apiósido, limoneno, sileneno, eudesmol, sedanólido, anidrido sedanônico), pentasonas, sódio, vitaminas A, B1 (tiamina), B2 (kiboflavina ), C (ácido ascórbico).

Propriedades medicinais: alcalinizante, antioxidante, antipalúdica, antipirético, aperiente, carminativa, depurativo do sangue, digestivo, diurético, emenagoga, estimulante, estomáquica, expectorante, febrífuga, levemente laxante, refrescante, tônica, tônico para o sistema nervoso.

Indicações: ácido úrico, acidose, afecção febril, afonia, alivia a fadiga, anemia ferropriva e perniciosa, bronquite asmática, cálculo biliar, catarro pulmonar, chaga cancerosa, colite crônica, contusão, diminuir perda de potássio, disenteria, dismenorreia, distúrbio digestivo, diurese, escorbuto, escrofulose, estômago, favorece a menstruação, ferimento, fígado, fortalecimento dos nervos, gás intestinal, gota, hepatite, icterícia, inapetência, intumescimento leitoso dos seios, laringite, malária, oftalmia, pneumonia, prevenção de escorbuto, proteção contra a xeroftalmia, rins (cólica, nefrite, cálculo), rouquidão, sarna, úlcera.

Problemas de artrite e reumatismo

O aipo é essencial na fitoterapia europeia para tratar problemas artríticos e reumáticos, em que articulações, músculos e tendões ficam doridos, inchados ou pouco flexíveis.

A semente contém um óleo volátil que estimula a eliminação de produtos residuais pelos rins.

Favorece a eliminação de sais como os uratos, que muitas vezes causam inflamação e rigidez dentro do sistema músculo esquelético.

Remédio desintoxicante  

O suco do caule e das folhas é um excelente suplemento alimentar para ajudar à desintoxicação e à perda de peso. É adequado para retenção de fluidos.

Modo de Usar :

- infusão de 1 colher das de sopa de raízes ou folhas verdes por litro d'água. Tomar 3 xícaras ao dia;

- infusão ou decocção de 30 g de folhas em 1 litro de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia (disenteria, colites e anemias). Para a bronquite asmática, adoçar com mel e tomar diariamente pela manhã, em jejum.

- infusão ou decocção de 25 g de raiz ou sementes em 1 litro de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia: laringite e bronquite;

- suco das folhas: 1 xícara ao dia, dividida em 3 a 4 vezes: nefrite, hepatite, afecções febris;

- pó das raízes secas e moídas: polvilhar 2 vezes ao dia sobre úlceras rebeldes;

- infusão ou decocção a 2,5%. Tomar 50 a 200 ml/dia; - extrato fluido: 1 a 5 ml/dia;

- tintura: 5 a 25 ml/dia.

- elixir, , vinho ou xarope: 20 a 100ml/dia.

- pecíolo carnoso e as raízes carnosas são utilizados em saladas;

- as folhas desidratadas e pulverizadas, são excelente condimento.

Obs.: o consumo regular reduz a eliminação de potássio do organismo, sendo indicado principalmente para atletas.

Uso Externo:

- cataplasma em contusões e ferimentos: aplicar duas vezes ao dia na região afetada;

- raízes secas e moídas, polvilhadas sobre úlceras de difícil cicatrização duas vezes ao dia.

Toxicologia : não deve ser utilizada por pessoas portadoras de inflamações renais e diabéticos, sob a forma de saladas.

Grandes doses do óleo podem induzir a depressão do SNC, embora a síndrome tóxica específica não foi bem caracterizada.

Contraindicações/cuidados: sob forma de saladas é contra indicado para diabéticos; não deve ser utilizada por pessoas com inflamação nos rins.

Efeitos colaterais: Pacientes alérgicos ao aipo desenvolverem urticária e angioedema, dificuldades respiratórias e choque anafilático.

Os anticorpos IgE foram experimentalmente associados com o desencadeamento de reações alérgicas ao aipo.

Há relatos de casos de dermatite em trabalhadores que cultivam ou processam o aipo.

Pessoas brancas (caucasianos) desenvolveram lesões bolhosas fototóxicas, que, depois de curadas, deixaram a área despigmentada ou hiperpigmentada; as bolhas desenvolveram-se somente após o contato com o aipo afetado pela "podridão rosada", que aumenta a disponibilidade da furocumarina.

O uso de protetores solares impede esta reação.

O composto furocumarina pode ser camiogênico e sua concentração aumentos em 100 vezes quando a planta esta danificada ou doente.

Superdosagem: Grandes doses do óleo podem induzir a depressão do SNC, embora a síndrome tóxica específica não tão bem caracterizada;

Posologia: Cru em saladas, caldos, sucos; 1/2 xícara de suco dos talos centrifugados 3 vezes ao dia como carminativo, diurético, febrífugo, tônico, debilidade orgânica; Suco com maçã: elimina excesso de dióxido de carbono e combate o apetite por doces; Infuso de 7g de folhas frescas + 1 colher de sopa de mel em jejum para bronquite asmática.

6 a 8 gotas do óleo em água 2 vezes ao dia para todas as indicações.

Decocto de 10g de sementes de raízes para reumatismos e gota

O decocto de 1,5g (1 colher de café para cada xícara de água) de sementes em uso interno para todas

Interação medicamentosa: Potencializa o efeito de anti-hipertensivos, hipoglicemiantes. Neutraliza o efeito da warfarina.

Aromaterapia : Digestivo hepático, ácido úrico, má circulação e celulite.

Resumo clínico: Usos etnofarmacológicos: Alçai-inizante, diurético, anti-inflamatório, sedativo, carminativo, fungicida.


O aipo era conhecido na Roma antiga, onde era consumido em abundância pelas suas presumíveis propriedades afrodisíacas.
Embora actualmente já não possua esta fama, é uma reconhecida fonte de potássio. Do aipo mais comum em Portugal (de talos e folhas verdes) tudo se aproveita, desde as folhas que condimentam caldos e saladas, às aromáticas sementes, passando pelos talos, depois de despojados dos fios laterais.
Aipo-de-folhas, aipo-rábano e aipo-silvestre são as 3 variedades mais comuns. Do aipo-rábano pode inclusivé extrair-se um sal especial, indicado nas dietas isentas do tradicional sal marinho, e muito apreciado no tempero de sumos de tomate ou mesmo do famoso Blooddy Mary.
Indispensável para perfumar caldos aromáticos de peixe - como o famoso court bouillon - experimenta ir mais longe e utilizar o aipo como cama de uns belos filetes de solha com molho de laranja. Surpreendente!
aipo
O aipo era usado pelos Gregos e Romanos como planta decorativa. Só na Renascença é que os europeus começaram a cultivá-lo, existindo aproximadamente 30 variedades com os mesmos princípios nutricionais, que se dividem em 2 grupos: o aipo cultivado, ou hortense, ou aipo de folhas e talos – de que se distinguem o dourado, ou branco, e o verde - e o aipo de cabeça, ou aipo nabo, ou aipo rábano ou vermelho.
Todas estas variedades são ricas em vitaminas A, B e C, bem como em cálcio, magnésio, potássio, fósforo e sódio. O aipo auxilia na redução do colesterol e na limpeza do sangue.
O aipo hortense não deve ser muito comprido, deve ter os talos claros e as folhas verdes escuras, enquanto que os de cabeça devem ser médios e ter folhas.
O primeiro aguenta-se muitos dias no frigorífico envolvido num pano húmido e o segundo conserva-se 2 semanas envolvido com película aderente.
Retiram-se os talos exteriores danificados do aipo hortense, lava-se sob água corrente e retiram-se os filamentos duros cortando cada folha pela base e puxando os filamentos no sentido contrário. O verde é usado quase unicamente como erva aromática e o branco come-se cru como aperitivo geralmente mergulhado num molho; os talos são utilizados em saladas; os corações de aipo são o pé do aipo dourado cortado a 10cm da base sem que as folhas, ou talos, tenham sido separados e comem-se recheados ou estufados.
Ao aipo de cabeça cortam-se as folhas – que podem ser aproveitadas noutras receitas -, descasca-se até ficar com uma superfície uniforme, rega-se com sumo de limão para não oxidar ou deita-se num recipiente com água e limão. Come-se cru, ralado em saladas, cozido em água ou num caldo, salteado, estufado, gratinado, em purés ou frito como batatas às rodelas.

Análise nutricional (por 100g): 
proteínas: 0,75g 
hidratos de carbono: 1,95g 
fibra: 1,7g 
vitamina A: 13ug 
vitamina C: 7mg 
cálcio: 40mg 
fósforo: 25g 
magnésio: 11mg 
ferro: 0,40mg 
potássio: 287mg 
zinco: 0,13mg 
sódio: 87mg


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Agrião, plantas que curam



Nasturtium Officinale

Planta medicinalmente indicada no tratamento de diabetes, reduzindo a taxa de açúcar no sangue.

Descrição : Planta da família das Brassicaceae, também conhecido como agrião das fontes, agrião do rio, agrião da ribeira, mastruço dos rios, rabaça dos rios, agrião da água, agrião-d’agua-corrente, agrião-da-europa, agrião-da-fonte, agrião-da-ponte, agrião-oficinal, berro, cardamia-jontana, cardomo-dos-rios, agrião-aquático.

Erva de sabor picante, normalmente usada em saladas. É um planta pequena, que atinge de 15 a 30 cm de altura. Possui caule tenro, oco, carnoso e nodoso, onde se apresentam 2 tipos de raízes, as finas e brancas que surgem nas axilas das folhas, e as principais que fixam a planta na terra.

As folhas de coloração verde-escuro, bem intenso, são partidas em segmentos nas formas arredondadas ou ovais e reunidas geralmente em grupos de 3 a 7 cm.

As flores são brancas e pequenas, com quatro pétalas. É um vegetal recomendado pelo seu valor nutritivo, teor de vitaminas e ótimo paladar, com odor característico e sabor francamente amargo e picante.

Partes Utilizadas : Folhas e talos.

Habitat: É comum em grande parte do Brasil, tendo se aclimatado bem após ter sido trazido da Europa.

História: De uso corrente em afecções respiratórias desde a antiguidade.

Plantio : Para um bom desenvolvimento, deve ser plantada em local de água corrente, como na beira de rios, ou colocando as sementes em caixotes, em local seco, e depois transplantadas as mudas para local definitivo. Pode-se utilizar também o plantio por meio de estacas.

Geralmente é cultivada em canteiros, com o solo saturado de água por meio de irrigação, e cobertos por uma fina camada de esterco de curral.

A colheita pode ser feita entre quarenta e sessenta dias após o plantio. A espécie de agrião de terra enxuta, cujo plantio pode ser feito o ano todo, prefere lugares frescos e sombreados, e as folhas são pequenas. O agrião d´agua, cujos ramos devem ser plantados perto de nascentes, onde a água escoe mansamente, tem as folhas maiores. As folhas somente devem ser coletadas quando aparecem as flores

Curiosidade : Conhecida na França a muito tempo, era recomendada para pessoas deprimidas. Dizem que os jovens persas, antes de saírem a caça, alimentavam-se de pão com nastúrcio e que São Luiz, de passagem por Vernon, na França, ficou satisfeito quando lhe ofereceram esse vegetal.

Modo de Conservar : Utilizar sempre o vegetal fresco, com folhas verdes escuras.

Indicações : diabetes, para baixar a taxa de açúcar, dermatoses, cicatrização das placas escorbúticas e escrofulosas, loção para a calvice, atonia intestinal, raquitismo, escrofulose e afecções esabúticas, broncopulmonares e da pele, desobstruente do fígado em cataplasma, é indicado nas feridas de mau caráter.

Por seu alto valor digestivo e medicinal, esta planta impõe-se sobre todas e especialmente aos diabéticos, sendo de proveito do suco e do óleo, sob tudo como tônicos e antiescorbúticos; falta qualquer fundamento científico à crença de que a planta nascida distante da água corrente não tem as mesmas propriedades.

É excelente alimentação para os pintos nos primeiros de vida. Tem as variedades genuinum, parvijolium e sifoliu além das hortícolas, destacando-se entre estas a crespa, a era e a Bonlanger, de folhas maiores e mais tenras. Pessoas que fumaram e as prejudicadas pelo ácido úrico encontrarão nessa planta a ajuda para a limpeza do organismo.

Princípios Ativos : Vitaminas C e E, iodo, ferro, potássio, fósforo, glicosídeos.

Agrião

Receitas para usar o Agrião:

Xarope de Agrião, suco ou in natura, na forma de saladas.

- compressas: para manchas, sardas, acnes, descongestionar a pele;

- cremes, loções e compressas: frieiras nos pés, feridas, abscessos;

- cataplasma : cicatrização, eczemas, úlceras escorbúticas, escrofulosas etc.;

- decocção (único caso) de colherada de folhas frescas em uma xícara de água. Ferver, por três minutos, em fogo moderado, filtrar após dez minutos. Adicionar suco de limão, laranja ou tomate fresco. Beber em duas vezes, durante o dia: bronquite, depurativo, diurético;

- folhas e talos frescos em saladas: afecções dos brônquios, anemia, bócio, diabetes, digestivo, elimina o excesso de ácido úrico, escorbuto;

- infusão a frio de uma colher bem cheia de folhas e flores frescas em uma xícara de água. Deixar toda a noite. Espremer bem o agrião e filtrar. Beber a infusão pela manhã, em jejum;

- infusão, extratos ou tintura: bronquite, febre, escrofulose, raquitismo, hidropisia, icterícia, cistite, colites, problemas do fígado, anúria, tosses catarrais, tuberculose pulmonar, uremia, bócio;

- loção de 50 g de suco de agrião e 10 g de essência de amêndoas amargas: pele avermelhada devido ao vento ou ao sol;

- mastigar algumas folhas de agrião por dia, para ativar a salivação e reforçar as gengivas. - suco com mel ou suco de abacaxi: bronquite, tosse, catarros, tuberculose pulmonar, eliminar os efeitos do fumo nos pulmões;

- suco puro, meio copo todos os dias: bronquite crônica;

- suco: esmagar em um pilão uma grande porção de folhas e talo frescos, colocar em um pano limpo, torcer e extrair todo o uso. Filtrar e consumir 40 g por dia: escorbuto, febre persistente, icterícia;

- sopa (caldo verde), junto com outras ervas (tais como rúcula e couve);

- xampus, máscaras, condicionadores: cabelos;

- xarope de 250 gramas de agrião, uma clara de ovo e 350 gramas de açúcar.

Contraindicações: é abortivo, não recomendado em casos de úlceras gástricas e doenças renais inflamatórias.

Toxicologia : Seu uso interno em grandes quantidades pode provocar irritações na mucosa do estômago e nas vias urinárias.

Posologia:

Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de erva em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12 hs; Xarope frio de 2 colheres de sopa de erva com 1 xícara de chá de água, 1 colher de mel e 10 gotas de própolis. Após coar, dar 1 colher de sopa do líquido 3 vezes ao dia com intervalos menores que 12hs; Pode ser usado em saladas e sucos; Uso externo: compressa de tintura hidro alcoólica várias vezes ao dia;

Crianças de 2 a 5 anos: 2ml 3 vezes ao dia. De 5 a 8 anos: 3ml 3 vezes ao dia. De 8 a 12 anos: 4ml 3 vezes ao dia. Xarope frio: de 1/6 a 1/3 da dose para adultos.

Farmacologia: O efeito diurético é devido ao óleo essencial. Como uma droga amaróide é estimulante do apetite e da digestão.

Formulação caseira do agrião com mel

Planta medicinal: Agrião (Nasturtium officinale)

Material utilizado: As folhas e talos do agrião e mel.

Modo de preparar a formulação caseira do agrião com mel:

1 - Colocar um punhado de folhas e talos cortados em pedaços em uma xícara das de chá.

2 - Adicionar água fervente.

3 - Abafar

4 - Deixar amornar.

5 - Coar e fazer uma mistura de duas partes de chá para uma parte de mel.

Quando e como usar a formulação caseira do agrião com mel:

Indicações : Tosse, bronquite, gripe, catarro no peito.

Modo de usar: Tomar quatro colheres das de sopa três vezes ao dia. Repetir o tratamento pelo tempo necessário à cura.

Contraindicações: Para gestantes, lactantes, diabéticos, crianças menores de quatro anos e pessoas com úlceras gástricas, inflamações das vias urinárias e sensíveis às substâncias presentes no agrião.

Xarope caseiro simples do agrião

Planta medicinal: Agrião (Nasturtium officinale)

Material utilizado: As folhas e talos do agrião, água, mel e açúcar.

Modo de preparar o xarope caseiro do agrião:

Lavar um punhado de folhas e talos.
Cortar em pequenos pedaços.
Colocar em uma vasilha juntamente com uma xícara das de chá de água fervente.
Abafar por dez a quinze minutos.
Coar.
Juntar com uma xícara das de chá de açúcar e levar ao fogo baixo, em uma panela esmaltada ou inox.
Mexer sempre.
Cozinhar até formar uma calda.
Apagar o fogo.
Deixar tampado por duas horas e acrescentar uma colher das de sopa de mel.
Guardar em vidro apropriado e limpo.
Quando e como usar o xarope caseiro do agrião:

Indicações: Tosse, gripe e catarro no peito.

Modo de usar: Tomar uma a duas colheres das de sopa, três vezes ao dia. Crianças: tomar a metade desta dose. Fazer o tratamento durante o tempo necessário à cura.

Contraindicações : Para gestantes, lactantes, diabéticos, crianças menores de quatro anos, pessoas com inflamação das vias urinárias, com úlceras e com história de sensibilidade a alguns componentes químicos do agrião.

Extrato aquoso do agrião-do-brejo

Planta medicinal: Agrião-do-brejo (Eclipta prostrata) (Eclipta erecta)

Material utilizado: A parte aérea do agrião-do-brejo e água. Modo de preparar o extrato aquoso do agrião-do-brejo:

Colocar para ferver vinte gramas da planta seca ou setenta de planta fresca em uma xícara das de chá de água por cinco minutos.
Coar.
Juntar vinte gramas da planta seca ou setenta de planta fresca à mesma água e ferver novamente por cinco minutos.
Coar.
Juntar novamente o coado com mais vinte gramas da planta seca ou setenta de planta fresca e ferver em seguida por cinco minutos.
Finalmente coar e o resultado deve dar meia xícara das de chá de chá.
Quando e como usar o extrato aquoso do agrião-do-brejo:

Indicações: Queda das defesas orgânicas, proteção hepática, afecções do fígado.

Modo de usar: Tomar meia xícara das de chá, duas vezes ao dia.

Outra forma é juntar com tempero verde e um pouco de sal a gosto, como quem prepara uma sopa de verduras e tomar um prato ou mais por dia. Repetir o tratamento para alcançar o resultado esperado.

Contraindicações: Gestantes, lactantes, crianças em geral e pessoas sensíveis à substância presente no agrião-do-brejo.


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Cultivo da Beterraba de Forma Orgânica



 A beterraba (Beta vulgaris), planta originária da Europa, pertence à família das chenopodiaceae, assim como a acelga e o espinafre. A parte comestível é uma raiz tuberosa que possui uma típica coloração vermelho-escuro devido ao pigmento antocianina, que também ocorre nas nervuras e no pecíolo das folhas. Além do açúcar, a beterraba apresenta valor nutricional muito rico em vitaminas do complexo B e sais minerais como ferro, cobre, sódio, potássio e zinco. É recomendada para tratamento de anemia, prisão de ventre e problemas de rins. Por ser consumida na forma de salada crua e também cozida, o cultivo orgânico de beterraba (sem agroquímicos) é fundamental para garantir a saúde do agricultor, consumidor e meio ambiente. Pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, com 21 espécies de frutas e hortaliças no Brasil, revelou que, das 3.130 amostras coletadas em 2009, 29% apresentaram resultados insatisfatórios,ou seja,com resíduos de agrotóxicos, especialmente, os não autorizados para a cultura. A beterraba foi uma das mais contaminadas por agrotóxicos, apresentando 32% das amostras com resíduos de agrotóxicos. Considerando que a beterraba, praticamente, não tem problemas com pragas e doenças, estes resultados são muito preocupantes e, mostram que a aplicação dos agrotóxicos, além de desnecessários, aumentam o custo e, o que é pior, não são autorizados para a cultura, aumentando o risco tanto para a saúde dos trabalhadores rurais como dos consumidores, além de contaminar o meio ambiente.

Recomendações técnicas

.Escolha correta da área e análise do solo: evitar terrenos úmidos e/ou sombreados. Produz melhor em solos profundos, ricos em matéria orgânica, bem drenados, leves e soltos (areno-argilosos, franco arenosos e turfosos). É exigente em nitrogênio e potássio e sensível a acidez (produz melhor no pH 6,0 a 6,8). 

.Épocas de plantio e cultivares: é típica de climas temperados, exigindo temperaturas amenas ou frias para produzir bem. A faixa de temperatura ideal para o crescimento é de 10 a 20ºC e apresenta resistência ao frio e a geadas leves. Temperaturas altas induz a formação de anéis claros na raiz, depreciando o produto. Recomenda-se o plantio das mudas ou semeadura direta no outono, inverno e primavera, no Litoral. Durante o verão, não é recomendado o cultivo porque ocorre a destruição prematura da parte aérea causado por doenças fúngicas. As cultivares mais plantadas são: Early Wonder, Early Wonder Tall Top e Wonder Precoce. 

.Sistemas de cultivo: é cultivada em dois sistemas - semeadura direta e plantio por mudas. Ao contrário de outras tuberosas, se adapta bem ao transplante, sistema mais utilizado no Brasil. A semeadura direta predomina na maioria dos países, sendo utilizada no Brasil, somente por grandes produtores. Nesse sistema semeia-se em sulcos, à profundidade de 1,5 a 2,5 cm, deixando-se cair um a dois glomérulos ("sementes") a cada 5 cm. Desbastar o excesso de plantas deixando-as espaçadas de 10 a 15 cm. A vantagem do sistema é a redução nos custos, produção maior e mais precoce (20 a 30 dias) e, menos danos nas raízes. Como desvantagem em relação ao plantio por mudas é o maior gasto com sementes e a necessidade de desbaste. 

.Produção de mudas: as mudas podem ser produzidas em sementeiras e, em bandejas de isopor.

.Preparo do solo e do canteiro: no preparo do canteiro (1,10m de largura e 15 a 20 cm de altura), recomenda-se: correção da acidez, revolvimento do solo, manualmente (pá de corte ou enxadão) ou mecanizado (aração profunda e gradagens cruzadas), espalhar na área o adubo orgânico curtido sete a dez dias, antes do plantio, e construção dos canteiros com um roto-encanteirador ou rotativa de microtrator.
.Adubação de plantio: a adubação deve ser feita com base na análise do solo e do adubo orgânico. Se necessário, recomenda-se fosfato natural (fósforo) aplicado com antecedência e cinzas de madeira (potássio).

.Transplante das mudas, espaçamento e desbaste: as mudas devem ser transplantadas com 20 a 30 dias após a semeadura (5 a 6 folhas). 
Espaçamento: 30 a 40 cm entre linhas por 10 a 15 cm entre plantas. 
Desbaste: a "semente" da beterraba é um glomérulo que possui 2 a 4 sementes verdadeiras. Recomenda-se aproveitar as melhores mudas descartadas no desbaste, para o posterior plantio no canteiro. 

.Irrigação: a falta de água durante o ciclo da cultura torna as raízes lenhosas e reduz a produtividade. As rachaduras nas raízes, próximo a colheita, está ligado a falta ou excesso de água, agravado com a deficiência de boro e/ou de cálcio. Recomenda-se o uso da irrigação por aspersão. Deve-se realizar irrigações leves e freqüentes, sempre pela manhã, para evitar que as plantas permaneçam molhadas durante a noite. 

.Manejo de plantas espontâneas e adubação de cobertura : a competição das plantas espontâneas com a cultura ocorre da germinação, até os primeiros 40 dias após o transplante, quando deve-se fazer capinas manuais. Por ocasião da 1ª capina, faz-se adubação de cobertura, sendo a 2ª, 20 dias após a 1ª. 

.Manejo de doenças e pragas: são poucas as doenças e pragas que atacam a cultura da beterraba, por isso, praticamente, são desnecessários tratamentos fitossanitários. Dentre as doenças destacam-se: a mancha das folhas e a sarna. Dentre as pragas, a vaquinha, especialmente no início do desenvolvimento, pode causar algum dano na parte aérea da cultura. AManchas das folhas (Cercospora beticola) é causada por um fungo, provocando uma destruição prematura das folhas e redução do rendimento, além de impedir, também, a comercialização das raízes na forma de maços. 
Manejo: evitar plantio em locais úmidos e pouco ventilados; rotação de culturas e suspender a irrigação por aspersão; A Sarna (Streptomyces scabies) é uma doença bacteriana semelhante a que ocorre na cultura da batata, apresentando manchas ásperas na superfície das raízes, depreciando o produto para o comércio. 
Manejo: rotação de culturas ; uso de sementes sadias; manter o pH do solo entre 6,0 e 6,8 e manter a umidade do solo constante.Vaquinha (Diabrotica speciosa ): os adultos comem as folhas, podendo causar algum dano no início do desenvolvimento da cultura. 
Manejo: usar iscas atrativas, como a raiz do tajujá, porongo, ou abobrinha caserta. 

.Colheita: a beterraba atinge o seu ponto de maturação com aproximadamente 70 a 90 dias após a semeadura direta e o transplante, respectivamente. O consumidor mais exigente quer uma beterraba mais nova, isto é, que seja colhida com 8 a 10 cm de diâmetro e 6 a 7 cm de comprimento pesando em torno de 250 gramas. As beterrabas devem ser arrancadas, manualmente, lavadas com água corrente e secadas. Após a lavagem do produto faz-se a classificação das raízes pelo tamanho. Nas feiras e quitandas comercializam-se beterrabas em maços (Figura 1) contendo 4 beterrabas amarradas (em torno de 1,0 kg) com folhas sadias. A forma mais comum da comercialização da beterraba no atacado é em caixas de 25 kg.


Figura 1. Uma das formas de comercialização de beterrabas é através de maços, ou seja, as raízes são comercializadas com a folhagem. A beterraba, recomendada especialmente para anemia, pois é rica em ferro, produz muito bem no cultivo orgânico.



domingo, 15 de outubro de 2017

ACEROLA (Malpighia glabra) Plantas que curam



A fruta da aceroleira é uma rica fonte de vitamina C, devido a grande quantidade de ácido asbórico, o que é um grande benefício no combate a gripe.

Descrição : Planta da família das Malpighiaceae, também conhecida como cereja-das-antilhas ou cereja-de-barbados.

Acerola é um arbusto verdejante ou árvore pequena com ramos estendidos em um tronco curto. Tem geralmente de 2 a 3 metros de altura, mas às vezes chega a 6 metros de altura.

Suas folhas são simples, oval lanceoladas, de 2 a 8 centímetros de comprimento, e estão ligadas a um curto pecíolo. Elas são opostas, ovadas e elíptico lanceoladas, e todas onduladas ou margeadas. As partes superiores são de cor verde escura e brilhante.

Suas flores são bissexuais de 1 a 2 centímetros de diâmetro. Eles têm cinco pétalas de cor rosa escuro ou vermelho, dez estames, e de seis a dez glândulas no cálice. Há de 3 a 5 flores por inflorescência, que são sésseis.

O fruto é de um vermelho brilhante de 1 a 3 centímetros de diâmetro com uma massa de 3 a 5 gramas. As frutas estão em pares ou em grupos de três, e cada um triangular contém três sementes. Os frutos são suculentos e muito ricos em vitamina C e outros nutrientes. Eles são divididos em três lobos obscuros e geralmente são ácidas, dando-lhes um sabor amargo, mas pode ser doce, se bem cultivada

Parte utilizada: fruto.

História: Em 1946, Asenjo & Guzman, relataram seu altíssimo teor de vitamina C, em pesquisas realizadas quando a acerola começava a ser intensamente cultivada em Cuba, Porto Rico, na Flórida e Havaí tornando-se fonte de renda valiosa para as populações locais.

Logo seu cultivo se expandiria a outras partes do mundo, como o Brasil, onde a Universidade Federal de Pernambuco a introduziu em 1955, porém no estado de São Paulo já era conhecida a mais de 50 anos, embora sem fins comerciais.

Vem conquistando enorme importância como alimento e como remédio devido ao seu alto teor de vitamina C.

Origem: Pode ser encontrado na parte sul do Estados Unidos contíguos (sul da Flórida e do Baixo Vale do Rio Grande do Texas), México, América Central, do Caribe e América do Sul, no extremo sul do Peru e Bahia no Brasil. É cultivada nos trópicos e subtrópicos de todo o mundo, incluindo as Ilhas Canárias, Gana, Etiópia, Madagáscar, Zanzibar, Sri Lanka, Taiwan, Índia, Java, Hawaii e Austrália.

Princípios Ativos: ácido ascórbico (2-4%); ácido l-málico; ácido pantotênico; betacaroteno; carboidratos; caroteno; dextrose; frutose; hesperidina e outros bioflavonoides); limoneno; mucilagem; niacina; proteínas 4 g%, provitamina A; riboflavina; rutina, sais minerais (ferro, cálcio 12 mg %, flúor 11 mg%, fósforo, magnésio, potássio, sódio); sacarose; tiamina; vitamina B6; Vitamina C (1-5 g/100 ml).

Propriedades medicinais: adstringente, antianêmica, antidiarreica, antiescorbútico, antifungal, anti-inflamatória, aperiente, cicatrizante, mineralizante, nutritiva, vitaminizante.

Indicações: afecções da vesícula biliar, afecções do fígado; afecções pulmonares, anemia; auxiliar em tratamentos do fígado ou disenterias; carência de vitamina C, cicatrização de feridas; diabetes, dieta de lactentes, crianças e adolescentes, de gestantes e nutrizes e de pacientes desnutridos, convalescentes e em processo de desgaste físico; diminuir a ocorrência de doenças infecciosas e de dores musculares e articulares; disenteria; estomatite, fadiga, gravidez, gripes, hemorragias nasais e gengivais; hepatite virótica, infecção bucal, irritabilidade, melhorar o sistema imunológico; perda de apetite; poliomielite, prevenir debilidade, resfriado, reumatismo, stress, tuberculose pulmonar, varicela. Como fitocosmético: hidratante capilar e condicionador capilar, protetor contra infecções.

Pesquisas indicam o ácido escorbútico contra o envelhecimento celular graças à sua ação antioxidante e sequestrante de radicais livres.

Os sais minerais da acerola lhe oferecem a propriedade remineralizante em peles cansadas e estressadas. As mucilagens e proteínas são responsáveis pelas ações de hidratação e condicionamento capilar.

Modo de usar: Ao natural, como alimento, ou sob a forma de suco, 1 copo três vezes ou 4 vezes ao dia; como ingrediente para a fabricação de geleias, marmeladas, compotas, licores e sorvetes; no enriquecimento vitamínico do suco de outras frutas; na fabricação de cremes e loções para a pele e xampus para os cabelos; Fitocosmético: pós, cápsulas gelatinosas moles e duras, comprimidos e pastilhas; 2 a 5% em xampus. 5 a 10% em cremes e loções.

Contraindicações/cuidados: Usar moderadamente em pacientes com irritação gástrica, suspender o uso imediatamente em caso de agravamento dos sintomas.

Efeitos colaterais: Sem toxidade nas doses recomendadas. A DLM é acima de 300 ml para humanos acima de 60Kg. Os extratos etanolíticos e em doses (muito) maiores que as terapêuticas apresentam sinais de toxidade não especificados, não havendo nenhum relato de morte por intoxicação.

Posologia: Adultos e crianças: fruta fresca ad libidum, em todas as indicações. Para as necessidades nutricionais mínimas, 2 frutas para 1 adultos e 1 para crianças abaixo dos 3 anos. Suco da fruta, preferencialmente centrifugado e consumido imediatamente, 1 copo 3 a 4 vezes ao dia. Em caso da fruta fresca, 1 xícara fornece 3780 mg, o que equivale a 3 vezes a recomendação diária que varia entre 60 e 100 mg; nas situações carenciais, na velhice ou situações de desgaste intenso essa dose deve ser aumentada. Presta-se ainda ao fabrico de xaropes, caldas e geleias, tendo a particularidade de apresentar ainda vitamina C após o cozimento, cerca de 10 % do conteúdo original ao contrário das outras fontes naturais, pois é sabido que a vitamina C degrada-se rapidamente em contato com o ar, calor, a luz e sais de cobre ou ferro. Cápsulas, comprimidos e pastilhas: as doses variam de acordo com o fabricante

Interação medicamentosa: Não apresenta. Sendo que nos casos em que aconselha a ingestão de cápsulas e comprimidos de vitamina C, estes devem ser acompanhados de uma parte de fruta fresca.

Farmacologia: A vitamina C, que já foi sintetizada pelo organismo humano, hoje é obtida exclusivamente pela alimentação. Sua deficiência causa o escorbuto, retarda a cicatrização, afeta a pele, os dentes e as gengivas. 
Causa artralgia e mialgia, resseca as glândulas lacrimais, causa a depressão e outras desordens emocionais e neurológicas, retarda o desenvolvimento infantil e baixa a imunidade. 
A ação antioxidante e de captura de radicais livres da vitamina C faz com que ela seja componente ativo em cosméticos para peles cansadas e envelhecidas. Os sais minerais agem também na pele cansada e os aminoácidos e proteínas respondem pelo efeito hidratante e recondicionante sobre os cabelos.



Suco de acerola

Fruteira medicinal: Acerola (Malpighia glabra)

Material utilizado: A fruta. Modo de preparar o suco de acerola:

Colocar no liquidificador algumas frutas com um pouco de água suficiente para dar um copo de suco.
Coar.
Quando e como usar o suco de acerola:

Indicações: Excesso de ácido úrico, excesso de líquido no organismo, problemas pulmonares, tuberculose, reumatismo, problemas na vesícula, afecção hepática, para evitar o sangramento das gengivas, fadiga, estresse, fraqueza das veias, para prevenir a anemia, ação antioxidante, antirradical livre.

Modo de usar: Tomar a dose de dois sucos diários. Repetir o tratamento pelo tempo necessário à cura ou alívio

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Geração do Amanhã (ODS)



Foram concluídas em agosto de 2015 as negociações que culminaram na adoção, em setembro, dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), por ocasião da Cúpula das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável. Processo iniciado em 2013, seguindo mandato emanado da Conferência Rio+20, os ODS deverão orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional nos próximos quinze anos, sucedendo e atualizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
O Brasil participou de todas as sessões da negociação intergovernamental. Chegou-se a um acordo que contempla 17 Objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, padrões sustentáveis de produção e de consumo, mudança do clima, cidades sustentáveis, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, governança, e meios de implementação. Confira a íntegra dos ODS acordados.
O Brasil desempenhou papel fundamental na implementação dos ODM e tem mostrado grande empenho no processo em torno dos ODS, com representação nos diversos comitês criados para apoiar o processo pós-2015. Tendo sediado a primeira Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio 92), bem como a Conferência Rio +20, em 2012, o Brasil tem um papel importante a desempenhar na promoção da Agenda Pós-2015. As inovações brasileiras em termos de políticas públicas também são vistas como contribuições para a integração das dimensões econômica, social e ambiental do desenvolvimento sustentável.
A coordenação nacional em torno da Agenda Pós-2015 e dos ODS resultou no documento de "Elementos Orientadores da Posição Brasileira", elaborado a partir dos trabalhos de seminários com representantes da sociedade civil; de oficinas com representantes das entidades municipais organizadas pela Secretaria de Relações Institucionais/PR e pelo Ministério das Cidades; e das deliberações do Grupo de Trabalho Interministerial sobre a Agenda Pós-2015, que reuniu 27 Ministérios e órgãos da administração pública federal. Confira o documento que contém os elementos orientadores da posição brasileira.
As Nações Unidas anunciaram no sábado (7) a abertura das inscrições para a segunda turma do programa Jovens Líderes para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), que visa pessoas engajadas nos esforços de erradicação da pobreza, combate às mudanças climáticas e redução das desigualdades.
Liderada pela enviada especial do secretário-geral da ONU para a juventude, Jayathma Wickramanayake, a iniciativa reconhece todos os anos 17 jovens líderes que estão impulsionando ambiciosos esforços para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030. O anúncio foi feito pela enviada da ONU durante a cúpula Um Mundo Jovem (One Young World) realizada na semana passada em Bogotá, na Colômbia.
O programa tem como foco líderes jovens entre 18 e 30 anos do mundo todo que atuem em diferentes questões e que estejam liderando mudanças positivas rumo a um futuro sustentável. Os 17 selecionados trabalharão com a enviada da ONU no sentido de engajar outros jovens na busca pelos ODS.
“Os jovens hoje não são os líderes de amanhã — somos os líderes de hoje”, disse Wickramanayake. “Nunca uma geração esteve tão bem equipada — com o conhecimento, a paixão e a tecnologia — para colocar o planeta e nossas sociedades em um caminho sustentável. Os jovens são a arma secreta para atingir os objetivos globais”.
Fonte: ONU
Atualmente, há 1,8 bilhão de pessoas com idade entre 10 e 24 anos no mundo — são a maior geração de jovens da história. Esse número deve aumentar: até 2030, cerca de 1,9 bilhão de jovens devem completar 15 anos.
“Para alcançar os ODS, precisamos engajar uma geração de jovens que conhecem os objetivos globais, se preocupam com seu sucesso e trabalham ativamente para sua realização”, disse a enviada da ONU.
A primeira turma do programa foi anunciada em setembro de 2016, às vésperas da Assembleia Geral da ONU daquele ano. Com jovens vindos de diferentes regiões, o programa do ano passado trabalhou para mobilizar apoio aos objetivos globais. Clique aqui para saber mais sobre a turma de 2016.
Este ano, as inscrições estarão abertas até 3 de novembro e podem ser feitas pela Internet (clique aqui). Os candidatos precisam ter entre 18 e 30 anos (completados até 31 de dezembro de 2017). Os candidatos bem sucedidos serão escolhidos com base nos seguintes critérios:
• Demonstradas conquistas na promoção e no avanço do desenvolvimento sustentável;
• Capacidade de comandar um público, influenciar e inspirar seus contemporâneos;
• Influência positiva em seu campo e reputação para liderança inovadora e inclusiva;
• Demonstrada integridade, compromisso com os ODS e valores-chave da ONU.

Sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)

Em 1º de janeiro de 2016, os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 — adotada por líderes mundiais em setembro de 2015 em uma histórica cúpula da ONU — entraram oficialmente em vigor.
Nos próximos 15 anos, com esses objetivos que se aplicam universalmente, os países precisam mobilizar esforços para acabar com todas as formas de pobreza, combater as desigualdades e as mudanças climáticas, enquanto garantimos que ninguém seja deixado para trás.

Sobre a enviada especial da ONU para a juventude

Jayathma Wickramanayake foi nomeada pelo secretário-geral da ONU como enviada especial para a juventude em junho de 2017, aos 26 anos.
Ela trabalha para expandir o engajamento da juventude na ONU por meio de quatro pilares  — desenvolvimento sustentável, direitos humanos, paz e segurança e ação humanitária — e atua como representante e assessora do secretário-geral. Clique aqui para saber mais.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Cultivo orgânico de plantas medicinais e condimentares



Numa horta orgânica deve-se reservar espaço para as principais espécies de plantas medicinais, condimentares e aromáticas. A natureza foi a primeira farmácia da humanidade. As medicinais proporcionam ao organismo humano sais minerais, ajudam a eliminar toxinas, limpando o sangue de impurezas e tonificando o estômago, os intestinos, os rins e o coração. Além das propriedades terapêuticas, algumas são importantes no manejo de pragas e doenças de hortaliças. Obs.: o uso de plantas medicinais tem que ser feito com critério, pois não fazem milagres e podem levar à intoxicação de pessoas que desconhecem as precauções e as contra-indicações. Às vezes imagina-se que por ser natural, faz bem à saúde, mas a ignorância sobre os efeitos desejados pode ser desastrosa. Por isso, as propriedades medicinais são apenas referências e não recomendações. Não se automedique. Procure sempre um médico especialista. .Cultivo: as plantas medicinais produzem melhor quando recebem adequado suprimento de água e nutrientes. Quanto à nutrição da planta, em geral, um solo com bom teor de matéria orgânica é o ideal.
   Recomenda-se preferencialmente o composto orgânico (2k/m2) ou esterco curtido de gado (5kg/m2) ou de aves (2kg/m2). Certas espécies não toleram solos ácidos necessitando que seja feita a calagem (aplicação de calcário) baseada na análise de solo. A maioria das espécies desenvolve-se melhor no verão. 

DICAS TÉCNICAS

.Cuidados na coleta de plantas: identificar a espécie de planta certa e as partes utilizadas; utilizar plantas bem desenvolvidas e com aspecto sadio; fazer a colheita no período da manhã e em dias secos, realizando a secagem em local limpo, arejado e à sombra; após a secagem, armazenar as plantas em recipientes limpos esterilizados e em local arejado, escuro e livre de insetos, ratos, mofo e poeira. Cada planta deve ser acondicionada em embalagem própria, devidamente identificada.

.Modo de preparo: para que esteja própria para consumo, deve estar livre de fungos (mofos, bolores), pois esses alteram os teores do princípio ativo e podem provocar intoxicações. As plantas medicinais são constituídas por princípios ativos responsáveis por sua ação terapêutica, desencadeando diversas reações nos organismos vivos (vegetais, animais e nos seres humanos). Não é recomendável misturar várias plantas. O uso inadequado poderá provocar efeitos indesejáveis. As medicinais são utilizadas para preparar chás, sucos e algumas até saladas. As formas mais comuns para o preparo dos chás são a infusão (folhas, flores e frutos moles) e a decocção (raiz, caule, cascas, frutos secos, cipós e sementes).O preparo dos chás através deinfusão consiste em despejar água fervente sobre a erva e abafar. O preparado é deixado em repouso durante 10 a 15 minutos e, em seguida, coado e servido. O preparo dos chás através dedecocção consiste em ferver a planta inteira com água por uns 5 a 15 minutos e, em seguida, tapar. Coar antes de servir. Obs.: o chá deve ser consumido, no máximo, 24 horas após o preparo, mesmo mantido em geladeira, pois ocorrem reações químicas que transformam os princípios ativos em outras substâncias prejudiciais à saúde.

.Dosagem: a utilização da mesma espécie de planta não deve ultrapassar um período maior que 15 dias. quando houver necessidade de uso mais prolongado, devem ser feitos intervalos de uma semana para que o organismo possa responder aos estímulos. É preciso acrescentar que, mesmo preparados adequadamente, a maioria dos chás são prejudiciais à saúde se consumidos em excesso ou se estiverem muito concentrados. 

Normalmente são recomendadas as seguintes quantidades: 
Planta verde - 20g (3 a 4 colheres de sopa) de planta picada em 1L de água; 
Planta seca - 10g (5 colheres de sopa) de planta picada em 1L de água.

.Usos e propagação de algumas plantas medicinais, condimentares e aromáticas

Sálvia: as folhas, na forma de chá, são indicadas como antinflamatória, digestiva, gripes, resfriados, febres, gases intestinais, estimulante dos nervos, cólicas menstruais, antiabortiva, deficiências cardíacas, regula a tensão arterial e fortalece o útero. A planta é propagada por sementes e estacas. A planta é utilizada também como repelente das borboletas que põem ovos nas folhas, originando as lagartas que atacam o repolho, couve, couve-flor e brócolis. Pode ser utilizada na forma de preparado: derramar 1 L de água fervente sobre 2 colheres (sopa) de folhas secas de sálvia; tampar o recipiente e deixá-lo em repouso durante 10 minutos (infusão). Agitar bem, filtrar e pulverizar imediatamente as plantas atacadas pelas lagartas.

Coentro : as folhas, na forma de chá, são indicadas como estimulante, fortifica o estômago, prisão de ventre, vermífugo e febre. É uma planta utilizada também como condimento. É propagada por sementes. coentro, consorciado com o tomateiro, reduz os danos da traça do tomate e, atrai os inimigos naturais de pragas de várias culturas. A planta também é eficiente no manejo de ácaros e pulgões, na forma de preparado: cozinhar folhas de coentro em 2L de água. Para pulverizar sobre as plantas, acrescentar água.

Alho: indicado contra hipertensão, arterioesclerose, ácido úrico, picadas de inseto, diurético, expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antinflamatório, antibiótico, antisséptico e vermífugo. O alho também é eficiente no manejo de tripes, pulgões, lagarta do cartucho do milho e doenças (podridão negra, ferrugem e alternaria)O alho é um antibiótico natural, inibidor ou repelente de parasitas de plantas ou animais. Modo de preparar: moer 100g de alho e deixar em repouso por 24 horas em 2 colheres de óleo mineral. Dissolver, à parte, 10g de sabão em 0,5 L de água. Misturar todos os ingredientes, filtrar e, diluí-lo em 10 litros de água. 

Hortelã: as folhas e hastes, na forma de chá, são indicadas como digestiva, antiespasmódica, calmante, gripe, antisséptica, descongestionante das vias respiratórias e vermífuga. É propagada através de rizomas. A hortelã, além de planta medicinal, aromática e servir como condimento, atua como repelente a mosquitos, formigas, ratos, piolhos e pulgas, borboleta da couve e mosca-branca que ataca as hortaliças em geral.

Arruda: as folhas, na forma de chá, são indicadas como vermífuga, gases intestinais, cólicas menstruais, digestiva, calmante dos nervos e dor de cabeça. É propagada por sementes. A arruda também atua como repelente a formigas, traça e outros roedores e mosca-branca que ataca hortaliças em geral.

Camomila: as flores, na forma de chá, são indicadas nas cólicas, tônica, clamante, stress, alergia e digestiva. É propagada por sementes. Esta planta, além de inibir insetos, também é eficiente no manejo de doenças fúngicas. Modo de preparar: misturar 50g de flores de camomila em 1L de água. Deixar de molho durante 3 dias, agitando 4 vezes ao dia. Depois de coar, pulverizar a mistura sem diluir, 3 vezes a cada 5 dias.

Alecrim: as folhas e flores são utilizadas nas dores reumáticas, depressão, cansaço físico, gases intestinais, debilidade cardíaca, inapetência, cicatrização de feridas, dor de cabeça de origem digestiva, problemas respiratórios. Usam-se ramos em armários para afugentar insetos como as traças. A planta também atua como repelente à borboleta que põe os ovos nas folhas de repolho, couve, couve-flor e brócolis.

Losna: as folhas, na forma de chá, são indicadas na perda do apetite, como digestiva e vermífugo. Obs.:mulheres grávidas devem evitar o uso, pois é abortiva. É propagada por estacas. A planta é eficiente no manejo de lagartas, lesmas, percevejos e pulgões: modo de preparar: diluir 30g de folhas secas de losna em 1L de água e ferver durante 10 minutos. Adicionar 10L de água ao preparado para pulverizar as plantas.